quarta-feira, 4 de agosto de 2010

7º desafio AIESEC Challenge

O 7º desafio do AIESEC Challenge propôs aos participantes uma árdua tarefa, fazer com que um líder, admirado por eles, desistisse de sua missão. Alguns competidores optaram por desconsiderar a tentativa de persuadir o líder admirado a desistir de seu objetivo, expondo apenas as razões que os levaram a ter tal figura como referência.

Como sempre citamos, no AIESEC Challenge consideramos diversos pontos e tudo está sob análise, inclusive a liberdade e criatividade que cada participante tem para expor suas ideias. Confira exemplos de respostas:



Aline Garrido

Líder: Barack Obama

O atual líder dos Estados Unidos, o presidente Barack Obama, vem chamando atenção mundial e tornando-se um símbolo de líder que a meu ver merece ser admirado pelos seus atos e ações. Recentemente, no final do ano de 2009, foi laureado pelo 120º Nobel da Paz, com suas ideias e “boas intenções” em reforçar o papel da diplomacia internacional e cooperação entre os povos. Um dos maiores planos de seu governo é projetar um mundo sem armas nucleares. Ele gosta de captar a atenção do mundo, com sua notável influência oratória, para um futuro melhor, governando com base em valores e atitudes que são compartilhados pela maioria da população mundial. E com planos de impulsionar o processo de Paz no Oriente Médio. Obama também é o terceiro presidente americano a ganhar o Nobel da Paz, e também o primeiro negro, dentro de um famoso pelos seus antecedentes racistas, a conseguir tornar-se presidente.

O seu governo vem enfrentando várias crises, como: dificuldades com o desemprego e recuperação da economia norte-americana, o vazamento do petróleo no Golfo e problemas militares. Por tais problemas tenho fortes razões para argumentar em favor da postura do presidente para que uma missão que vem sendo realizada desde o governo Bush seja reconsiderada. A Guerra no Iraque.

1. No Iraque cada vez mais, desde o início da guerra, exércitos terroristas e diversos grupos armados extremamente nacionalistas lutam para que o governo iraquiano não seja influenciado pelos Estados Unidos, e se organizam para atacar tropas americanas. Por esse motivo podemos considerar esta uma batalha sem fim.

2. A guerra provocou um aumento da violência no país. Com profundas crises humanitárias, pois milhares de civis estão enfrentando situações péssimas. Hospitais, entre outros serviços, estão com falta de profissionais.

3. Vários países, de tempos para cá, são a favor da interrupção da guerra para que a crise seja resolvida pacificamente. Populações do mundo, entre os próprios cidadãos americanos, são contra a continuação da guerra e contra o reforço das tropas americanas que o presidente Obama envia ao Iraque.

4. Jornalistas lançaram notícias considerando que a guerra alimentou o terror, gerando o aumento do terrorismo.

5. Membros do parlamento Iraquiano rejeitam a ocupação de seu país, sendo que o primeiro motivo, o principal para ocupação do Iraque, foi rejeitado depois que nenhuma evidência de armas de destruição foi encontrada no Iraque contra EUA, e além de ser um combate sem permissão da ONU.

Assim, com os motivos anteriores, acho que a missão deve ser interrompida e que minha requisição ao presidente seja analisada atenciosamente.



Thais Souza

Líder: Vladimir Putin

Minha admiração por esse líder global se deve ao fato de que com o respaldo de sua política de governo a Rússia conseguiu atingir a estabilidade

quando beirava a extinção no plano internacional. Com seu pulso firme, ele foi capaz de abrir mais o território russo para uma série de investimentos

estrangeiros, porém impondo sua posição quanto à nacionalização do petróleo como uma estratégia para garantir que a abundância desse combustível

fóssil não caísse nas mãos das grandes potências que almejavam explorá-lo. Assim, com seu direcionamento tido por muitos como autoritário, conseguiu

elevar o PIB da Rússia no período de seu governo em cerca de 10%, diminuindo quase por completo a inflação que afundava cada vez mais os indivíduos

economicamente ativos, por conseguinte, atingiu a admiração dos eleitores que o reelegeu com cerca de 70% do total de votos.
Uma de suas missões é possuir o controle total dos meios de comunicação e como forma de dissuadí-lo usaria os seguintes argumentos:

1) Desmantelamento da imagem alcançada como líder mundial: Com o controle dos meios de comunicação o Estado passa a vigorar sob um aspecto mais totalitário, relembrando o período em que Stálin suprimiu qualquer expressão contrária a seu governo. Atualmente, algo semelhante é feito por Hugo Chaves na Venezuela e tal ato tem ganhado a desaprovação de outros países que chegam até a cortar relações comerciais.

2) Decaimento do eleitorado: Com a falta de autonomia da imprensa local para explicitar o que há de ruim no governo, poderá ocorrer secretamente uma série de campanhas negativas a respeito do governo e estas podem influenciar o decaimento na popularidade do líder de Estado.

3) Quebra da liberdade de imprensa: Como premissa de um governo democrático, a imprensa tem total liberdade de expor aquilo que, baseado em provas e fatos, exibe determinado ponto de vista. A quebra dessa liberdade é tida como uma ação anacrônica e totalitária, execrando a democracia alcançada após anos de repressões duríssimas de líderes de governo no território russo durante o período do estabelecimento do comunismo



Aimée Mendes

Líder: Gandhi

Acredito que para uma sociedade ser saudável, ela deve procurar centros de autoridade e liderança que não necessariamente derivem do poder político ou econômico, mas de valores culturais e espirituais também. Gandhi reconheceu isso, ele foi um ícone religioso com os mais altos princípios, mas também um líder político que trabalhou pelos direitos das classes oprimidas.

Ele não tinha ganância pessoal pelo poder, ao invés disso se preocupava com o bem-estar e a dignidade das pessoas. Para mim seu maior diferencial, e o motivo pelo qual ele merece minha admiração, é que Mahatma Gandhi utilizou-se da persuasão ao invés de recorrer à violência. Este homem é exemplo clássico de que o grande líder não conquista com a força mas sim com a sabedoria.


Gandhi era antes de uma autoridade um líder genuíno, aquele que cativa pela coragem, pelos ideais, pela confiança e humildade; ao contrário de autoritários históricos que se julgam grandes líderes por assumirem posturas agressivas, voz alta e compensarem a insegurança que os habita em atitudes violentas
Basicamente, os grandes líderes que conheço têm algo em comum, algo que é especialmente admirável no Gandhi: respeito ao próximo.

Neste desafio existe uma tarefa complexa, dissuadir um líder de sua missão, porém o que torna meu líder admirado foram suas brilhantes missões, nas palavras do mesmo: "Minha missão não se esgota na fraternidade entre os indianos. A minha missão não está simplesmente na libertação da Índia, embora ela absorva, em prática, toda a minha vida e todo o meu tempo.

Por meio da libertação da Índia espero atuar e desenvolver a missão da fraternidade dos homens" . Em outras palavras a missão de Gandhi era agir localmente mas pensar globalmente, portanto como; argumentar contra tudo o que acredito? Apesar de cursar direito e estar acostumada a defender assuntos polêmicos, pontos de vistas diferentes, até mesmo potencialmente errados, adoto como lema: jamais argumento a favor daquilo que não acredito, e o contrário também é válido, não ataco aquilo que tenho como princípios.

Portanto para esse desafio procurei uma situação mais específica dentro desse contexto “missão” pois admito que seria incapaz enviar argumentos contrários àquele que tanto admiro e que inspirou pessoas como Martin Luther King e Nelson Mandela.

“Reformas foram ganhas novamente por meio da desobediência civil. Os trabalhadores têxteis de Ahmedabad também eram economicamente oprimidos. Gandhi sugeriu uma greve, e como os trabalhadores temiam as conseqüências dela, ele faz um jejum para encorajar que eles continuem a greve. Gandhi explicou que ele não jejuou para coagir o oponente, mas fortalecer ou reformar esses que o amaram. Ele não acreditou que jejuando resultaria em salários mais altos.” (Wikipédia)

Um dos pontos de apóio da política de não violência de Gandhi é o jejum que apesar de eficaz acarreta uma série de outros problemas.
O ato de jejuar para Gandhi significa fortalecer aqueles que o amam, como consta acima, porém como pode querer ele criar esse fortalecimento através de um ato que enfraquece? É contrário à própria definição do dicionário, “v.t. Tornar forte; robustecer.Encorajar, corroborar, animar, dar força a.” (dicio.com.br). Vejamos, como uma atitude de abstinência pode ser a mais eficiente para resultados que devem animar, dar força, tonar forte. É um tanto quanto irônico, e contrário, quem ama não precisa ver o sofrimento alheio para ser encorajado.


Outro detalhe que é questionável no jejum, não era o própria Gandhi que gostaria de ser exempl o para a humanidade, e se importava com o bem-estar das pessoas? Pois é, localmente talvez isso funcionasse, entretanto imagina se a moda pega no mundo ocidental. Teríamos praticamente um retrocesso no desenvolvimento enconomico dos países, muitos dos trabalhadores diminuíram seu rendimento, muitas mães perderiam filhos, talvez até mesmo perderíamos uma parcela da população por baixa imunidade, afinal nunca se sabe em que grau de radicalismo pode-se chegar. Em muitas vertentes acredita-se que para atingir o bem-estar máximo de um ser humano é preciso completar a base da pirâmide, ou seja suprir as necessidades física, sendo uma delas a alimentação. Sendo assim, jejuar é controverso ao discurso de bem-estar social e exemplo global de Gandhi.


“Gandhi sugeriu uma greve, e como os trabalhadores temiam as conseqüências dela, ele faz um jejum para encorajar que eles continuem a greve.” Relendo este trecho surge um questionamento, até que ponto os trabalhadores fizeram a greve por acreditar em seus ideais, por defender a desobediência civil, e por apoiar Gandhi?

Sabe-se que ele era o líder das multidões, e muito respeitado pelos trabalhadores, não seria então o ato de jejuar de alguma forma uma violência moral contra quem o apóia, sim uma forma de coação, de manipulação. Sabemos que Gandhi é um ser humano maravilhoso, e dificilmente capaz de agir ardilosamente, porém se eu que sou uma admiradora chego a levantar tais questionamentos, quem dirá aqueles que não estão inteiramente convencidos de seus ideais. Portanto se deixasse de jejuar seria, de certa forma, uma maneira a mais de evitar interpretações maldosas e desconfianças, tenho certeza que ele seria capaz de convencer apenas pela razão sem precisar de nenhum outro artifício duvidoso.


Por fim, cito um provérbio antigo que ouvia muito do meu vô: “saco vazio não pára em pé”, portanto Gandhi para mudar o mundo é preciso ter forças, e alimentar-se com certeza ajuda. Uma boa alimentação garante um melhor desempenho do cérebro, uma vida mais longa, evita transtornos físicos... e convenhamos que com o tanto de seguidores que tem, com o exemplo que dá, e com toda a mudança que está fazendo é preciso que esteja aqui por muito mais tempo, e muito bem.


Lara Andrade

Líder: Mahatma Gandhi
Período da emissão da carta: Índia colônia
Missão: obter a independência da Índia mediante a uma greve de fome.



Gandhi,
A sua inteira doação à causa da Índia é, sem dúvida, uma ação que lhe diferencia dos demais líderes que estiveram a frente de movimentos. A capacidade de manter um ideal, sem contrariar a Tradição do seu povo, respeitando o indivíduo e a sua diversidade cultural através da ideologia de não agressão, mesmo quando há uma inconformidade com o quadro social em que a Índia, ainda não independente, se encontra. No entanto, a sua luta através de greve de fome me parece um tanto contraditória e, por isso, apresento as explicações:

1- A greve de fome também é um modo de agredir. No entanto, não ao outro, mas ao organismo, que cria nele momentos de stress e acaba desregulando seu equilíbrio.

2- Os povos da Índia precisam de você vivo, o mundo precisa de você vivo. A sua sabedoria é tamanha e acredito que a sociedade tem muito o que aprender. Por isso, o jejum perpétuo não seria uma medida adequada, já que compromete a sua existência.

3- Você, sendo um líder global, atinge a diversos povos. Quando você diz “Sofrer mesmo até a morte, e, portanto mesmo mediante um jejum perpétuo[...]” acabada dando margem a uma idéia de auto flagelação e acredito que, este exemplo, não é adequado ser disseminado, principalmente, quando há diversos admirados por todo o mundo

Ana Vinhas

Líder: Jesus

O líder global que eu mais admiro na história é Jesus Cristo, escolhi esse líder porque sua sabedoria e a sua história de vida influenciam e influenciaram diversas religiões e pessoas do mundo todo.
As características que mais admiro neste líder são:

1. A capacidade de ser um bom exemplo não só em palavras mas em ações.
2. A habilidade de ser um líder incansável e Paciente.
3. Habilidade comunicação com todos a sua volta.
4. Jesus nunca desistiu de sonhar
5. Capacidade de perdoar e amar ao próximo.

Complicado esse desafio, o que de fato devo dissuadir o maior líder inspirador da terra?

Pensei em dissuadi-lo a ressuscitar em outro momento (viver mais um pouco com a humanidade) ou então pedir para que ele apresentesse seu discurso da felicidade espiritual mais vezes e para mais pessoas, explicando que para encontrar Deus não é preciso freqüentar igrejas ou pagar o dizimo etc.

Optei pela tentativa de pedir mais um tempo de sua vida na terra, explicaria à Jesus que ele deveria caminhar mais sobre o mundo / outras regiões e mostrar e demonstrar a sua sabedoria, seu amor e bem feitorias para outros povos.

Diria que isso poderia tornar as pessoas de regiões diferentes mais unidas, já que sempre que encontramos um elo em comum com outro... uma pequena identificação que seja, nosso coração se abre para entender e ouvir essa pessoa.

Talvez desta forma, as pessoas poderiam ser mais humanas e mais solidárias na geração de hoje... pois as benfeitorias estariam registradas e espalhadas em outros lugares além de Jerusalém e redondezas.

Artur Neto

Quando um lider tem um chamado, é quase impossivel de dissuadir esse líder. Meu lider que admiro é o Presidente Lula, sua missao é era vencer e ele venceu,
- ja existe pessoas melhores que você
- politica é para fracos
- vencer sempre, desistir jamais

Beatriz Bravo

Líder: João Paulo II

Um dos líderes que admiro é o João Paulo II (Karol Józef). Decidi citá-lo nesta redação, pois acredito que seus feitos foram tão grandes que repercutem mesmo após sua morte. Conhecido como o Papa dos Jovens, da paz dentre tantos outros títulos, este Papa polonês peregrino conquistava a todos com seu carisma, sua bondade e determinação em fazer o bem.

Excelente aluno nas escolas e universidades por onde passou, gostava de teatro, música popular e literatura, atleta (chegou a jogar futebol numa equipe amadora) e desde jovem já muito religioso. Enfrentou inúmeras adversidades em sua vida, um exemplo disso é que aos 22 anos já havia perdido seus pais e seu irmão.

Se tornou padre aos 26 anos, arcebispo aos 43 e cardeal aos 46. Eleito Papa aos 58 anos, adoptou o nome de João Paulo II em homenagem ao seu antecessor e rapidamente colocou-se do lado da paz e da concórdia internacional, com intervenções frequentes em defesa dos direitos humanos e das nações.

Suas viagens a outros países ultrapassaram em número e extensão as de todos os seus antecessores, reunindo sempre multidões por onde andava. Apoiava e participava de eventos ecuménicos, promovia a paz a todos os povos e, em minah opinião foi o Papa que mais “conquistou” o coração dos fiéis da igreja.

Além dos inúmeros feitos deste missionário da Paz, o quemais me fez admirá-lo foi a força e o carisma com que conquistou aos jovens de todo o mundo. Criou as Jornadas Internacionais da Juventude, escrevia cartas, falava diretamente aos jovens. Tanto que em seus últimso dias de vida, o hospital em que estava internado ficou rodeado de jovens que acamparam (por dias) em frente ao prédio. Talvez em uma menção de retribuir o carinho e todas as vezes que ele, o pontífice, foi ao encontro deles.

No entanto, mesmo admirando-o tanto assim, acredito que em alguns pontos eu tentaria fazê-lo mudar de idéia. Nesse contexto, meus argumentos que serão descritos abaixo, seriam uma tentativa para convencê-lo a não se opor à pena de morte (para certos casos de condenação):

Argumentos:

• Mostraria que há uma grande reincidência novos assassinatos, por presos que já cumpriram pena por homicídios e que após saírem da prisão, voltar a praticar tais atos.

• Exemplificaria casos de serial killers, xenofobistas dentre tantos outros que cometem crimes hediondos sem nenhum escrúpulo ou menção em pensar ao bem do próximo.

• Colocaria como proposta que a pena de morte fosse aplicada a casos em que realmente todas as investigações possíveis fossem executadas, para descartar-se a possibilidade de estar condenando à morte uma pessoa inocente.








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